domingo, 23 de fevereiro de 2014

De 2009 pra cá e um ‘cá’ que durará



Não te escrevi um poema. Não te escrevi um conto... Perdão, você merecia. Só achei uma coisa numa caixa que guardo tudo o que há de mais importante para mim - que geralmente não tem valor para outras pessoas. Cheia de palavras, fotografias, chaveiro, anel, azulejo, canhoto do ingresso do Pearl Jam... E você, em 2 cartas.

Uma que dizia: “Vejo fatores que me deixam otimista quando concluo que temos enormes chances de seguir juntos e bem por um longo tempo”. 

Outra que dizia: "O sol forte e instigante persistirá... Toda lua, uma nova lua será."

Incrível como nos transformamos ao longo de alguns poucos anos e suas cartas continuam tão fortes quanto o tempo que passou. Mudamos em algumas coisas, outras nem tanto... Nossa forma de se relacionar também. Nosso amor? Também.
Bem que Manoel de Barros falou: “As flores dessas árvores depois nascerão mais perfumadas.”
Nosso amor, hoje, nasceu mais perfumado.

Obrigada.

 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A primeira música do dia foi sobre um pássaro livre

Estava diante de mais uma descoberta. Recebi um postal de Vancouver. Descobri que sou muito abestada para a simpleza das coisas. Enchi os olhos de lágrimas com as palavras pequenas e com o desenho de uma árvore. Logo, decidi escrever umas linhas sobre a sensação free bird:

A primeira música do dia foi sobre um pássaro livre.

Nada mais justo para lembrar você. Particularmente, as pessoas que me somam não precisam de ouro, prata ou bronze. Precisam de algo maior: bastam sorrir. Para grande parte dos seres humanos, sorrir não é lá algo de valor. Lógico que ao somar-se a uma pessoa (em suas mais variadas formas) não precisa ser regra sorrir: existem outros atos que não são “lá algo de valor” que também contribuem para soma.  No seu caso, por exemplo, você não precisou sorrir. A sensação de um pássaro livre, apenas, fora de amarras. Pois bem, você. Quem diria que alguém passaria uma sensação free bird -
“tão livre quanto um pássaro”-, talvez a importância de um pássaro e a vontade de sermos tão livres quanto ele, é o que nos faz caminhar.